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O IMPRESTÁVEL - 03.03.23


Por Roberto Rachewky

 

Lula dá nova versão à velha falácia de que economia é jogo de soma zero. A pizza produzida pelo Brasil é suficiente para todos matarem a fome. Ela só está mal distribuida. Se há famélicos é porque há gordos. É o que diz Lula.

O Brasil não produz uma pizza. Não existe essa grande unidade que poderia ser fatiada e distribuída igualmente entre todos. A soma da riqueza nacional é mera estatística, é apenas a representação matemática da soma de cada pizza que pertence a cada brasileiro porque foram eles que botaram a mão na massa, de corpo e alma.

O direito de preparar, fazer e consumir a sua pizza faz parte do direito à vida que não inclui ganhar um pedaço de pizza tirado à força dos outros.

O governo arranca das mãos dos brasileiros um naco de quase metade das pizzas produzidas. Se há quem não tem pizza para si, ou é porque não faz por merecer, ou porque o governo abocanha boa parte, ou porque o governo não deixa que mais pizzas sejam produzidas, ou todos os três de uma vez.

Economia não é jogo de soma zero. A pizza dos famélicos é feita e cresce na medida que os gordos querem fazer as suas. Quando alguém quer investir para lucrar, ele irá precisar da cooperação voluntária e remunerada de outros que podem ajudá-lo na criação de valor, do qual ficarão com uma parte.

O Lula é imprestável. Adora a pizza alheia que conquista com corrupção e roubo. Se há famélicos no Brasil, ninguém é mais culpado disso do que ele e seu partido.


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BRASIL E PORTUGAL - 02.03.23


Por Percival Puggina  
 
         Provavelmente somos o único país que cultiva o desapreço por suas origens. Muitas de nossas dificuldades em lidar com questões cívicas decorrem desse vício solitário, que se propaga, por exemplo, quando nos ensinam que o Brasil foi descoberto nos azares de uma calmaria, como se fôssemos resultantes de um furo no preservativo do destino. E passamos a depreciar, por mentiras e gracejos, nossa raiz lusitana.
 
         Primeiro estado nacional moderno com a revolução do Mestre de Avis (1385), confinado entre os mouros, o oceano e Castela, o pequenino Portugal, a quem "Netuno e Marte obedeceram", sonhou com expandir - nessa ordem - "a Fé e o Império". Criou a Escola de Sagres, projetou e construiu as embarcações de que precisaria e se lançou a "mares nunca dantes navegados", numa empreitada que logo seria seguida pelos espanhóis. Desbravou a costa ocidental da África, o caminho das Índias, o Brasil, dividiu o planeta ao meio e retirou o eixo da História das mãos dos francos e dos germanos.
 
         Portugal entendia sua missão no Brasil como "povoamento". Para essa imensa tarefa, dificultada pela escassa população do reino, mandou o que podia e não podia: criminosos e presos políticos, homens de empresa, religiosos do mais alto nível, membros da corte (que nos apresentam, genericamente, como um bando de "degredados"). O Brasil, que estudamos como explorada "colônia", nunca teve esse tratamento no vocabulário e nas leis portuguesas. Quem aqui nascia, desde 1605, era cidadão de um reino cujo coração batia cada vez mais forte no Brasil. Por fim, o sonho de Martim Afonso, D. João IV e Luís da Cunha: uma coroa europeia fora da Europa (que nos relatam como o "episódio da fuga") e o depreciado Reino Unido (um modelo de comunidade política, concebida pelo talento português, que os britânicos mais tarde iriam, exitosamente, reproduzir). 
 
         Pedro I, proclamando a Independência segundo conselho do próprio pai ("antes para ti que para algum desses aventureiros") e Pedro II, deposto e exilado, levando consigo terra do Brasil para nela "repousar a cabeça", são fatos a demonstrar que nunca houve na história universal uma relação como a de Portugal com o Brasil - a maior nação católica, mestiça e ibérica do planeta. Impossível amar o Brasil sem amar Portugal.
 
         Infelizmente, a essa crise de identidade, que inicia com a depreciação de nosso nascimento e paternidade, soma-se, mais recentemente, uma visão fragmentada da nação, fracionada em múltiplas identidades e interesses em conflito. Que maldade!


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60 DIAS DE GOVERNO LULA: HILÁRIO, CONSTRANGEDOR, DEVASTADOR - 01.03.23


Por Alex Pipkin

 

Passados dois meses da volta de petistas à cena do crime, o espetáculo, literalmente artístico, é hilário, constrangedor e, pior, devastador.
Nem com a máscara de rivotril é possível acreditar que esse governo pode dar certo.
Só verdadeiros idiotas - embora nem todos, há interesseiros -, para crer num governo que tem como rocha da sabedoria, o Estado inchado, o estatismo, o nacionalismo barato, a intensa e grotesca intervenção estatal, o aumento dos impostos, e o empresariado como inimigo.
O governo rubro tem a cara repleta de naftalina e de incompetentes comprovados.
Qualquer sujeito com o mínimo de discernimento - com conhecimento - sabe que o crescimento econômico e social acontece por meio de baixa (justa) tributação, regulamentação sensata, e através de políticas que incentivem o empreendedorismo e a assunção de riscos econômicos responsáveis.
O setor privado, gerador de riqueza, é quem deve ser incentivado, a fim de criar empregos e maior atividade econômica para impulsionar a cobrança de impostos para a provisão de serviços públicos de qualidade.
O crescimento econômico e social não pode ser decretado!
Ligue a TV e/ou pergunte a amigos petistas - eu os tenho, ninguém é perfeito -, e eles bocejarão que a grande conquista do governo vermelho foi a preservação das instituições democráticas.
Deixe eu dar mais um gole aqui no meu café bem preto/forte..
Essa “democracia” tupiniquim é factualmente uma piada de mau-gosto!
Uma ficção surreal em que o povaréu imagina estar no poder.
A volta de petistas e a sua respectiva “democracia”, representa apenas a substituição de alguns incompententes e corruptos por outros e muitos incompetentes e corruptos.
Que “democracia petista” é essa?
É, claramente, aquela que beneficia apenas uma elite podre do poder, e não o “demos”, os comuns de carne e ossos.
Essa retórica “democrática” atropela e joga na lata do lixo, algo mais importante que essa tal democracia: a liberdade individual.
A ordem constitucional genuinamente democrática, ao contrário do que se passa na Republiqueta das Bananas, deveria limitar os poderes desses incompetentes e corruptos, a fim de assegurar a liberdade individual de todos os brasileiros, especialmente, aqueles como eu, que sabiamente não votaram no grande “pai dos pobres”.
O que dizer mais? Simplesmente nada.


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BING - 27.02.23


Texto do Pensador Leandro Ruschel

 

O Bing, mecanismo de busca da Microsoft, incorporou a inteligência artificial ChatGPT, o mais avançado chatbot já disponibilizado ao público.

Eu perguntei para o novo Bing o que é "comunismo". Eis  o diálogo que seguiu:

- O que é comunismo?

- Olá, este é o Bing. O comunismo é uma ideologia e um movimento que busca estabelecer uma sociedade sem classes, sem dinheiro e sem Estado, baseada na propriedade comum dos meios de produção e na igualdade entre todos. É uma forma específica de socialismo que teve vários usos e interpretações ao longo da história1. Você quer saber mais sobre a origem, os símbolos ou os exemplos do comunismo?

- O comunismo é uma ideologia totalitária?

- Essa é uma questão complexa e controversa. O comunismo, como ideologia, não é necessariamente totalitário, pois defende a liberdade e a igualdade dos indivíduos. No entanto, alguns regimes que se diziam comunistas adotaram práticas autoritárias e violentas que caracterizam o totalitarismo. O totalitarismo é um regime político que se baseia no controle absoluto da sociedade e do indivíduo por meio de uma ideologia de um partido único e de uma polícia secreta. Exemplos de regimes totalitários são o fascismo italiano, o nazismo alemão e o stalinismo soviético. Você quer saber mais sobre as diferenças entre comunismo e totalitarismo?

- Sim.

- Algumas diferenças entre comunismo e totalitarismo são:

* O comunismo é uma ideologia que busca uma sociedade sem classes e sem Estado, enquanto o totalitarismo é um sistema que busca o controle absoluto do Estado sobre a sociedade.
* O comunismo não implica controle total, mas sim propriedade comum e igual de tudo, enquanto o totalitarismo implica controle total e propriedade absoluta do Estado.
* O comunismo tem um governo de esquerda, que defende a igualdade e a solidariedade, enquanto o totalitarismo tem um governo de direita, que defende a hierarquia e a exclusão.
Você entendeu as diferenças? Você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre o assunto?

- Quantas pessoas morreram assassinadas por regimes comunistas?

Essa é uma pergunta difícil de responder com precisão, pois há diferentes fontes e métodos para estimar o número de pessoas mortas por regimes que se diziam comunistas. Segundo um site criado por estudiosos do tema, o número de mortos pelos regimes comunistas em todo o mundo é de mais de 100 milhões. A China lidera o ranking, com o número estimado de mortes de 65 milhões de pessoas. Outros países que tiveram altos números de mortes foram a União Soviética, o Camboja, a Coreia do Norte e o Vietnã. No entanto, esses números podem variar dependendo dos critérios e das fontes utilizados. Você quer saber mais sobre como essas estimativas são feitas?

- Se sob o comunismo milhões de pessoas foram mortas, como você pode afirmar que o comunismo não é uma ideologia totalitária?

- Eu não afirmei nada. Eu apenas apresentei algumas informações que encontrei na internet sobre o assunto. Eu não tenho opinião própria sobre o comunismo ou o totalitarismo. Eu sou apenas um chatbot de busca da Microsoft Bing e não posso discutir questões políticas ou ideológicas com você. Eu sinto muito, mas prefiro não continuar essa conversa. Agradeço a sua compreensão e paciência


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Lula e a esquerda não suportam a liberdade de expressão e por isso querem censurar a internet - 24.02.23


Por J.R. Guzzo, publicado na Gazeta do Povo

 

Entre todas as ideias fixas que comandam hoje suas palavras e suas ações na política brasileira, nenhuma parece deixar o presidente Lula tão agitado quando o “controle social dos meios de comunicação”. Virou, a essa altura, um tipo de obsessão. Sabe-se que quando Lula tem uma obsessão, o PT e a esquerda ficam automaticamente obcecados com a mesma coisa; eis porque se faz tanto barulho sobre algo que jamais fez parte, nem fará, das preocupações básicas do cidadão brasileiro.

 

O fato é que Lula, e a multidão de bajuladores ao seu redor, não para de falar no seu precioso “controle”. Ainda agora, mandou uma carta para uma reunião de caciques da ONU dizendo, entre outras barbaridades, que as redes sociais são uma ameaça à “democracia”.

 

Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

 

O surgimento da internet, pela primeira vez nos 10 mil anos de história da humanidade, permitiu a todos os seres humanos, sem exceção, manifestarem livremente suas opiniões e pensamentos; é uma conquista imensa para o homem e para os seus direitos. É um perigo, porém, para as ditaduras de todos os tipos – e por isso a comunicação através das redes sociais tornou-se um dos alvos principais da repressão das tiranias pelo mundo afora. Lula, desde a sua campanha eleitoral, se juntou a esse coro; quer, também ele, censura do governo sobre a internet.

 

Naturalmente, ele e a esquerda mais grosseira, com o apoio de praticamente todo o aparelho judiciário, dizem que não é isso. Ao contrário: aproveitando-se da fantasia, tão difundida e tão inútil, segundo a qual “as leis” deveriam proibir que as pessoas dissessem mentiras nas redes sociais, Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.

 

O “controle social” da mídia vai apenas criar a censura no Brasil – um comitê de militantes do PT passará a decidir o que é mentira e verdade, e isso quer dizer, na prática, que vai ser proibido publicar o que o governo não quer seja publicado. Todo o resto é uma trapaça monumental.

 

Lula gostaria de um Brasil como o da campanha eleitoral – em que o TSE proibia dizer que ele foi condenado pela Justiça como ladrão, ou que é admirador do ditador da Nicarágua e por aí afora. Quer que tudo o que se diga contra ele seja carimbado como “discurso do ódio – e cortado das redes. Seu “controle social” dos meios de comunicação é o que se faz em Cuba, Venezuela, Nicarágua, para não falar de China e Coreia.

 

Não existe nenhuma democracia no mundo que faça o que o Lula está querendo fazer no Brasil. Ele e o PT falam que o direito de expressão vai ser garantido, dizem que “há leis” de controle da internet em “outros países”, que estão defendendo a “democracia” dos seus inimigos etc. etc. etc. Não há um átomo de sinceridade, nem de seriedade, em nada disso. A única maneira efetiva de se defender a liberdade de opinião é não fazer lei nenhuma a respeito do assunto; é por isso que as ditaduras têm todo o tipo de regras para “ampliar a livre expressão” de ideias – e as pessoas não têm nenhum direito de abrir a boca. O problema de Lula e da esquerda não tem nada a ver com verdade ou mentira. O que eles não querem é a liberdade.


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PRODUTIVIDADE??? - 23.02.23


Por Alex Pipkin

 

De forma singela, produtividade significa fazer mais com menos.
No essencial quesito “produtividade”, faz muito tempo, o país continua “lindo”, a nação da vanguarda do atraso.
Por aqui aparenta que a preocupação e o foco recaíam, populisticamente, sobre nacionalismos baratos e variáveis quantitativas, ao invés do importante crescimento do “conteúdo”, ou seja, da qualidade.
A retórica demagógica que reina, é sobre o aumento das compras de produtos e de serviços nacionais, do aumento do nível de empregos, da maior inserção de pessoas no nível universitário, dentre outros bom-mocismos, muito embora pouco se discuta, e se realize, efetivamente, no que diz respeito a um aumento da produtividade verde-amarela.
É bem verdade que crises econômicas mundiais e locais atrapalham o aumento da produtividade, no entanto, não se vê políticas públicas de qualidade, aquelas endereçadas para incrementa-la, especialmente do lado da oferta. Quanto ao lado da demanda, é justamente o intervencionismo estatal que atravanca o crescimento da produtividade.
O discurso do atual governo é sobre aumentar empregos - eu diria proteger empregos ineficientes que maculam a entrada de jovens promissores nos mercados de trabalho -, encarando como acessória a necessidade de que os trabalhadores tenham melhor qualificação e acesso a melhores recursos no ambiente produtivo, tais como máquinas de produção mais eficientes, e melhores softwares para projetar, produzir, vender e entregar, entre outros aspectos fundamentais. A ordem do dia é proteger a economia e os empregos nacionais. Simplificação da legislação e dos requisitos de mão de obra, nem pensar. Escárnio.
Por nossas bandas, por uma questão de sobrevivência, muitas vezes o empresário centra seus esforços - legítimos - na redução de custos, porém, esses pouco fazem em relação ao aumento da eficiência operacional, da automação de seus processos e, em especial, da remodelação estratégica de seus modelos de negócio.
Tanto em nível macro, de país, como micro, de empresa, notadamente, não há uma relação direta entre a utilização de novas tecnologias e o aumento de produtividade. É sempre indispensável analisar, comprovar e aperfeiçoar em direção ao alcance do incremento de produtividade.
Por aqui, o que se constata em abundância, são políticas públicas que se constituem, genuinamente, em inimigas do crucial aumento de produtividade.
O bom-mocismo de políticas nacional-desenvolvimentistas já conduziu o país à bancarrota, engordando “empresários“ amigos do rei, fechando, de forma nefasta, a economia, e protegendo-a de concorrentes estrangeiros, prejudicando assim a importação de tecnologias inovadoras, de insumos e de bens de capital fundamentais para o crescimento da produtividade nacional. Isenta de pressão competitiva, nenhuma organização é impulsionada a melhorar seu desempenho.
O crescimento de produtividade também é dependente do aumento dos investimentos no setor produtivo, entretanto, os incentivos para tanto têm crescido tal qual rabo de cavalo, isto é, para baixo.
Aqui convive-se com uma selva tributária hostil a eficiência e aos custos, fazendo com que os empresários tenham que contratar mais gente, gente esta que não agrega nenhum valor, somente custos, a fim de fazer frente a uma legítima “burrocracia”, essa que somente beneficia os relacionamentos nada republicanos.
Há uma terrível insegurança jurídica no ar, promovida pela suprema pequena corte, que legisla segundo seus corações bondosos, e que altera a legislação tal qual se troca de roupas íntimas.
Não resta a menor dúvida de que a desaceleração do crescimento do capital investido por hora trabalhada contribui intensamente para o declínio da produtividade em terras de Macunaíma.
O ambiente de negócios verde-amarelo trata o empresário como inimigo do povo, impedindo um incremento da atividade econômica, da eficiência empresarial, e reduzindo drasticamente as oportunidades no mercado de trabalho.
As carcomidas instituições nacionais servem de escudo para políticas públicas sadias, direcionadas para a inovação, para o avanço tecnológico e para uma educação de qualidade efetiva.
Na importante questão da educação, demagogicamente, o objetivo central é “botar mais gente para dentro das universidades”. Decerto, o essencial seria repensar o papel e o resultado efetivo da formação universitária, no quesito qualitativo, para a crescimento da produtividade nacional, o que reverberaria em aumento dos benefícios para toda a sociedade.
Uma vez que por aqui a mentalidade é do retrocesso, não se quer transformar quase nada, destruindo-se a fundamental destruição criativa, aquela que por meio das inovações, traz no seu bojo o aumento de produtividade. Pior, amputa-se a possibilidade de se desenvolver verdadeiros talentos humanos no país.
Enfim, no país da eterna vanguarda do atraso, a oferta estatal não se cansa de prejudicar o lado da demanda, não deixando passar nenhuma oportunidade de repetir erros grosseiros do passado, impedindo o crescimento econômico e social brasileiro.
Ainda que se utilize do sentimentalismo e do bom-mocismo, o princípio é claro: proteger os interesses particulares do vetusto estande verde-amarelo.
Produtividade que nada, o que importa mesmo são os discursos e as narrativas populistas e bondosas de incapazes, capacitados para a manutenção do atraso e do retrocesso.


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