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20 dez 2007

SUBSÍDIO


MAIS FALIDO

O Estado do RS está falido, certo? É o que todos imaginam diante da postura da governadora Yeda Crusius e o seu secretário da Fazenda, que não têm feito outra coisa senão pedir penico ao governo federal e ao Banco Mundial para poder pagar a folha de salário dos servidores.

PAGAR A CONTA

Sendo assim só resta aos contribuintes gaúchos continuarem pagando altos impostos para poder satisfazer às despesas nunca cessantes do Estado do RS. Todas bem garantidas pelas Constituições do Brasil e do Estado, certo?

PRIVILEGIADOS

Pois, diante deste quadro doentio e humilhante, a Assembléia Legislativa do RS aprovou, ontem, subsídios para os poderes constituídos. Pode? Pois é. E povo tem direito a algum tipo de subsídio? Ora, ora, gente, quanta bobagem. Ao povo só resta pagar a conta dos privilegiados. Que ficam possessos quando digo isto.

MENSAGENS NATALINAS

Nesta época, a tradição natalina manda, principalmente aos moradores do mundo ocidental, que as pessoas troquem mensagens de boas festas e renovem as esperanças de um ano novo melhor. Como tudo acontece de forma bem automática e obedece a um comportamento coletivo igual, ninguém ousa fazer prognósticos que tem em mente diante das evidências do dia a dia.

2008

Na real, o que nos aguarda em 2008, coisa sabida por quem tem maior discernimento, é que a violência vai aumentar, as despesas de governos idem e os impostos, naturalmente, não vão diminuir. E as reformas, que poderiam tirar as amarras que impedem o importante salto que o país precisa, vão ser novamente discutidas. E mais uma vez não serão aprovadas.

VOTOS

Resta, portanto, desejar a todos os assinantes do

PRO INFERNO

Diante de inúmeras manifestações dos leitores/assinantes quanto à minha opinião sobre a greve de fome do bispo, contrário à transposição do rio São Francisco, resta dizer o seguinte: dentro da lógica defendida pela Igreja, onde há céu e inferno, quem atenta contra a sua própria vida, e morre, vai direto para o inferno. Assim, desde já desejo uma Boa Viagem ao bispo.

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19 dez 2007

A VEZ DAS OSCIPS


MUITO RUIM

O serviço público, prestado pelos funcionários do Estado do RS, está tão ruim, mas tão ruim, que o atual governo resolveu, através de OSCIPS ? Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público -, fazer uma parceria com a iniciativa privada visando um melhor gerenciamento de várias atividades que o Estado imaginava prestar.

GRANDE SOLUÇÃO

A idéia é pra lá de ótima, diga-se de antemão. Parabéns, portanto, ao governo do RS pela ousadia. Se não chegar a ser uma grande solução para os serviços públicos hoje prestados (?), ao menos já se sabe que não há o que pode piorar o que já está posto.

PROBLEMA

O maior problema para a ótima idéia será, como sempre, a fiscalização das OSCIPS. Até porque a corrupção já está plenamente instituída no país. Com incentivos, certamente. Quem, por ventura, é pego em meio a falcatruas já sabe o que vai acontecer: nada.

DESOCUPADOS NAS GALERIAS

Ainda assim a iniciativa é digna de aplausos. E quem valorizou ainda mais a atitude do governo foram os próprios funcionários, que lotaram as galerias da Assembléia Legislativa. Afinal, quem pouco trabalha e ainda recebe salário faz de tudo para impedir que as coisas funcionem. Os gritos dos funcionários atestaram a necessidade da aprovação da medida.

TRANSPARÊNCIA

A Polícia Federal está cheia de dedos para dizer, de forma clara, tudo que sabe a respeito do envolvimento de vários políticos do RS na fraude do Detran, chamada de Operação Rodin. Espero que sejam breves na divulgação daquilo que muita gente já desconfia. E mais: que o dinheiro (algo como R$40 mi) retorne aos bolsos dos prejudicados.

DRU

Para fechar bem o ano de 2007 melhor seria se o governo Lula ficasse sem a DRU ? Desvinculação das Receitas da União -. Quem não sabe gastar honestamente o dinheiro dos contribuintes não deve ter este direito. Tomara que os senadores tenham mais este discernimento. Sei que é pedir muito, mas mesmo assim....

BOM FUNERAL!

Por mim, o bispo que não admite a transposição do rio São Francisco pode morrer. Tudo aquilo que ele defende não tem o menor sentido. Dizer que Lula, antes de eleito, era contra a obra e agora está favor é uma insensatez. Até porque o PT também pregava o calote da dívida pública. E caso fizesse o crime já estaríamos quebrados. Bom funeral, caro bispo.

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18 dez 2007

DESTAQUES PONTOCRITICO 2007


TERCEIRA EDIÇÃO

Como nas edições anteriores, os Destaques

EMPRESAS

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CAPITAL ABERTO

Nesta terceira edição, a minha escolha vai para duas empresas: Bovespa e BM&F. A procura pelos papéis de ambas as empresas, tanto no país quanto no exterior dá uma idéia clara da repercussão que ambas atingiram no mundo financeiro global. Merece também um comentário a mineradora Vale, destaque de 2006: uma prova indiscutível de que a privatização é e continua sendo o que há de melhor para o sucesso de qualquer empresa estatal.

CAPITAL FECHADO

O destaque deste ano vai para a gaúcha Cia Zaffari. Rodeada por grandes empresas supermercadistas globais mostrou enorme capacidade competitiva. Com a abertura de lojas em São Paulo no próximo ano está dando um passo importante para se tornar uma das maiores empresas do setor no país.

PAÍSES

Volto a eleger a China como país destaque. Precisa ser melhor compreendida nas suas atitudes para que algo aconteça no Brasil ainda pouco competitivo. Na América do Sul, a Colômbia é o meu destaque 2007. Proporcionalmente, já recebe mais recursos que os demais países latinos. E seu presidente mostra grande firmeza diante de tantos comunistas à sua volta.

ENTIDADE

A instituição que mais se destacou em 2007 foi a FIESP. O desempenho do seu presidente, Flávio Scaff, para a derrubada da CPMF é digno de registro. Ficou praticamente sozinho na batalha e ao final conseguiu o seu intento.

PERSONALIDADES

A grande personalidade deste ano está fora da economia e da política. Está no futebol. Kaká foi o melhor. Ganhou tudo em 2007: Campeão do Mundo, melhor do certame e melhor do mundo. Sem máscara, Kaká é um grande exemplo.

POLÍTICA NACIONAL

Os senadores Arthur Virgílio, José Agripino Maia e Álvaro Dias foram, com todas as letras, os grandes comandantes do maior presente de Natal oferecido a todos os brasileiros: o fim da CPMF. Coisa suficiente para garantir aos três o Destaque do Ano.

POLÍTICA INTERNACIONAL

O destaque internacional de 2007 vai para o presidente da França, Nicolas Sarcosi. Principalmente pela firmeza mostrada no enfrentamento dos problemas que visam tornar a França mais competitiva e menos cara para os franceses.

MÍDIA

De novo, e cada vez mais consolidada, embora as nossas agências de publicidade não estarem dando a devida atenção, a Internet continua como destaque. Já substitui os jornais com enorme vantagem e ainda municiam o restante da mídia com notícias on-line.

MÍDIA IMPRESSA

O destaque de mídia impressa nacional vai, desta vez para o jornal Valor Econômico. A abordagem dos assuntos, assim como a profundidade dos mesmos dá uma informação mais esclarecedora sobre os assuntos de economia.

DESTAQUES NEGATIVOS

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INTERNACIONAL

Sem pestanejar, o destaque negativo do ano vai para o ditador Hugo Chávez. Mesmo que exista mais alguns que fizeram de tudo para ganhar o troféu, Chávez continua imbatível como o pior de todos. A sempre perigosa instituição Foro de São Paulo, embora ainda pouco percebida no Brasil, merece nota pelos aborrecimentos que vai trazer para a América Latina.

NACIONAL

Como destaque negativo do ano, o papel nojento desempenhado pelos nossos deputados federais. Os políticos brasileiros, com raríssimas exceções, por tudo que nunca fazem para ajudar o Brasil. E por tudo que sempre fazem para receber seus salários em dia e sempre maiores. Que isto sirva de motivo para a sociedade sair da inércia e partir para acabar com os cafajestes.

HORS CONCOURS

Dividindo o destaque negativo, o governo petista de Lula, que ao invés de avançar nas reformas que poderiam ter colocado o país na frente de seus competidores lutou pela continuidade da CPMF. O PT, além de ser o partido político mais corrupto do Brasil, continua focado na arrecadação de impostos.

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17 dez 2007

MAL INTERPRETADO ?


VELHO COSTUME

Muita gente, depois de manifestar alguma idéia ou proposta, quando percebem que não houve aprovação usam de um velho e esperto costume: dizem que foram mal interpretados. Ou que estavam brincando. Frases oportunistas de gente pouco confiável.

SIMPLES

Ou seja, quando as propostas não promovem reações fortes, ou não são muito criticadas, a ordem é levar em frente. Caso contrario o negócio é bem simples: basta dizer que tudo não passava de uma brincadeira. Ou que houve má interpretação.

PACOTES FISCAIS

Vejam, por exemplo, quantas notícias já foram manifestadas por vários ministros, principalmente Guido Mantega, sobre pacotes fiscais que entende necessário para compensar a perda da CPMF. Como ninguém gostou o esperto já se antecipou: disse que foi mal interpretado.

TIME AFINADO

Entretanto, pouca gente ainda não percebeu que Lula tem um time afinado. Dependendo da reação sobre o que algum ministro diz, muitas vezes a seu pedido, ele entra em cena e desmente. E para dar mais autenticidade à reação até dá um pito no ministro, como que reprovando a declaração má aceita.

MOMENTO ÍMPAR

O fato é que nenhuma das compensações até agora sugeridas pelos governantes, quer em forma de brincadeira ou de má interpretação, fala de uma reforma tributária e fiscal para valer. Embora o enorme atraso das mesmas, este momento seria impar para reformar. Mas isto, infelizmente, o governo não diz nem faz.

CONTRIBUIÇÃO?

Agora vejam que coisa absurda: o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, em recente entrevista, propõe uma CPMF com alíquota zero. Ora, qual a razão para que seja chamada de contribuição?

OUTRA DENOMINAÇÃO

Ora, se o instrumento é importante para fiscalização e controle fiscal, o que ninguém discute, que seja implantado já, mas sem a denominação -contribuição-. Até para evitar que algum malandro queira alterar a alíquota no futuro.

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14 dez 2007

DAY AFTER CPMF


A REAÇÃO DO MERCADO

Engana-se quem fez a leitura de que o mercado financeiro não gostou do fim da CPMF. O fato do índice da Bovespa ter caído forte, ontem, significa, isto sim, que o governo não sabe o que fazer. Descuidou de montar um Plano B, mesmo quando estava convencido da derrota na prorrogação da estúpida contribuição.

NOVOS INVESTIMENTOS

O mercado financeiro não é formado por agentes tolos. Todos sabem, perfeitamente, o que representam R$ 40 bilhões que deixam de ir para os cofres públicos e ficam girando saborosamente na economia. É muito dinheiro que pode ajudar substancialmente para novos investimentos privados.

É CHEGADA A HORA

A aposta do governo, de que no final a aprovação da prorrogação da CPMF acabaria acontecendo, impediu que fosse ousado e prudente. Deveria ter preparado uma definitiva reforma tributária e fiscal. Agora, embora o atraso precise ser lamentado, é chegada a hora de corrigir todos os equívocos tributários. Não é hora de ficar pensando, de novo, em compensações arrecadatórias.

SÓ A PERDER

Se já não bastassem as agruras que os gaúchos passam por viverem num Estado falido e sem atrativos para buscar novos investimentos, o ex-governador Rigotto, que praticamente nada fez além de aumentar o ICMS (causa determinante para a sua não reeleição), ainda assim não aprendeu coisa alguma. Não entendo como é chamado para dar palestras, pois as platéias só têm a perder ouvindo Rigotto.

ROTA DO SOL

Aliás, o pobre Rigotto será sempre lembrado por ser o governador que inaugurou uma rodovia - Rota do Sol, há mais de um ano, e a mesma ainda permanece inconclusa e interditada. Ou seja, a Rota do Sol -inaugurada por Rigotto- ainda está em obras e corre o risco não ficar pronta até o final do ano, embora a governadora Yeda esteja fazendo de tudo para liberar a estrada no próximo dia 20.

CORRENTE

Como coordenador do Comitê de Reforma Tributária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social ? CDES - o ex-governador Rigotto, que adora aumentar impostos, lamentou a não aprovação da CPMF. Sinal de coerência, não? E afirmou, em palestra proferida em João Pessoa, Paraíba, ontem, que a reformulação do sistema tributário brasileiro corre grande risco de ser mais uma vez prejudicado em função da rejeição pelo Senado da prorrogação da CPMF. Tá bom.

DUAS SEMANAS

Como estamos nos aproximando do Natal e do final do ano, além de nos sentirmos presenteados com o fim a CPMF, vale a contagem regressiva dos 16 dias até o encerramento da cobrança da maldita contribuição. Atenção: façam de tudo para conseguir pagar todas as contas com cheques pré-datados. Para deixar de ser escorchado.

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13 dez 2007

AINDA RESPIRAMOS


ALÉM DA MORTE

Todos nós vivemos rodeados de muitas incertezas. Mesmo assim, algumas certezas além da morte também já fazem parte do nosso convencimento coletivo brasileiro. Algumas certezas ficaram bem transparentes, ontem, pouco antes da derrubada magnífica da estúpida CPMF no Senado.

POVO NADA POLITIZADO

Para os gaúchos que ainda têm algum discernimento já há a certeza, por exemplo, de que o povo do RS definitivamente não é politizado. Não sabe sequer escolher seus senadores. A começar pela escolha feita por Pedro Simon. O senador, gente, foi a figura mais patética da sessão de ontem, embora não signifique que os outros dois senadores são melhores. Basta ver que todos votaram a pela prorrogação da maldita contribuição, felizmente derrotada.

VINGANÇA

Para quem aprecia a numerologia já deve ter observado que já era dia 13 quando a CPMF foi sepultada. O mesmo 13 do PT. De qualquer forma o que pode se esperar depois do fim deste imposto da preguiça, onde não há esforço algum para arrecadar, é uma enorme vingança por parte do governo Lula.

MALIGNA

A reação, infelizmente, não será como deveria, através do corte de despesas e da proposição imediata das reformas constitucionais pendentes. Isto só seria possível nas mentes mais arejadas, o que não corresponde ao estilo arrecadador petista. Então, gente, vamos nos preparar, pois a vingança será maligna.

DESTAQUES

Muita gente ainda está perplexa com o resultado da votação de ontem. A sociedade brasileira, por tradição, esperava que a concessão dos habituais favores dados a parlamentares acabaria em votos para a aprovação da CPMF. Mas, a atuação decisiva de Arthur Virgílio e José Agripino Maia, principalmente, foi espetacular.

GRATIDÃO

Alguns outros senadores também contribuiram bastante para a derrubada definitiva da CPMF, mas o belo empenho desses dois senadores ainda nos ajudam a acreditar que nem tudo está perdido. Neste episódio, ao menos, é preciso manifestar a gratidão a eles. Parabéns.

MAU EXEMPLO

Para finalizar este comentário reservado totalmente para o assunto mais importante da esfera política e econômica de 2007, insisto: os políticos gaúchos tiveram um papel lamentável. A maioria da bancada dos deputados votou a favor da prorrogação da CPMF e os senadores foram unânimes. Ou seja, gaúcho contrário à enorme carga tributária não tem representante. Não é, portanto, um povo politizado.

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