Artigos

18 jan 2023

EXECUÇÃO TURBINADA


ROTA DO COMUNISMO LATINO-AMERICANO

A bem da mais pura verdade, o FATO é que a -eleição- de Lula como presidente promoveu a retomada dos trabalhos da ALMEJADA OBRA PETISTA que tem como grande propósito colocar o Brasil na ROTA DO COMUNISMO LATINO-AMERICANO. Mais: o traçado é o mesmo, como prega, com todas as letras e números, a CARTILHA DO FORO DE SÃO PAULO, que foi cuidadosamente elaborada poucos meses após a queda do Muro de Berlim, usando como -benchmark- o COMUNISMO CUBANO, como revelaram abertamente, em 1990, os fundadores do FSP, Fidel Castro e Lula da Silva.


EXECUÇÃO TURBINADA

Vale lembrar que a interrupção da gigantesca OBRA se deu por força do impeachment da tenebrosa Dilma Petista Rousseff, em 2016. Desta vez, para evitar novas interrupções, a EXECUÇÃO está sendo fortemente TURBINADA para que dentro de pouco tempo os aprisionados pelo ideário comunista contemplem as tétricas paisagens mostradas ao longo da rota.


EMPRESÁRIOS CUBANOS

Pois, enquanto preparava este editorial, me deparei com o seguinte texto-lembrança do jornalista Jones Rossi, editor de -Ideias e Mundo-, da Gazeta do Povo: - Antes de tomar o poder em Cuba, Fidel Castro dizia abominar o comunismo e prometia realizar eleições livres assim que derrubasse o ditador Fulgêncio Batista. Alguns empresários acreditaram na palavra do barbudo, e doaram milhares de dólares para ajudar na revolução. Como recompensa, foram obrigados a deixar o país que ajudaram a desenvolver pouco depois de Castro e seus asseclas estabelecerem uma ditadura ainda pior que a de Batista.


FAZ O L

Vejam, sem perplexidade, que no Brasil a mesma história se repete, o que dá entender que, depois de lavados e bem esfregados, os cérebros ficam prontos para trabalhar, e pensar, de acordo com os interesses de seus LAVADORES IDEOLÓGICOS. E o que mais preocupa é que muita gente ironiza os IDEOLOGICAMENTE DESCEREBRADOS com a expressão - FAZ O L -. quando, na verdade, a CONTA DA DESTRUIÇÃO, gostem ou não, será impiedosamente PAGA por todos os brasileiros. 



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17 jan 2023

ABERTURA ECONÔMICA E OS RESULTADOS OBTIDOS


NOTÍCIAS ECONÔMICAS

Diante de tantas, notórias e preocupantes turbulências políticas, onde a ideologia de esquerda louva freneticamente o REGIME COMUNISTA e combate com forças redobradas o LIVRE MERCADO assim como todos os tipos e formas de LIBERDADE, as notícias que dizem respeito ao BOM comportamento da economia brasileira referente ao ano de 2022, sob o comando de Paulo Guedes, quando ganham algum espaço para divulgação, não conseguem salientar e analisar o quanto o Brasil avançou positivamente nos últimos anos.


BALANÇA COMERCIAL 2022

Vejam, por exemplo, os números apresentados pela BALANÇA COMERCIAL brasileira de 2022, que fechou o ano com SALDO POSITIVO de US$ 62,3 bilhões (alta de 1,5% em relação ao ano anterior e MAIOR VALOR DA SÉRIE HISTÓRICA). Além do SALDO RECORDE, as importações e exportações somaram US$ 272 bilhões e US$ 335 bilhões, respectivamente. Consequentemente, chegamos conjuntamente na maior corrente comercial (exportações + importações) da história, superando 32% do PIB. Que tal? 


MAIS ABERTO

O que muito chama a atenção, embora não tenha sido minimamente explorado pela mídia -socialista-, é que desde 2017 (quando o Brasil deixou de ser governado pelo PT), esse importante indicador, que mede o grau de ABERTURA COMERCIAL do nosso Brasil, cresceu 14 pontos percentuais do PIB, evidenciando, com todas as letras e números, que o Brasil se tornou, DE FATO, um país bem MAIS ABERTO.


ÚLTIMOS CINCO ANOS

Mais do que sabido, o Brasil é um grande exportador de -COMMODITIES- como soja, milho, petróleo e minério de ferro e alguns dos seus derivados. Pois essas EXPORTAÇÕES praticamente dobraram em relação ao PIB nos últimos cinco anos, crescendo de 7,7% para 14,4% e PODEM SER EXPLICADAS PRINCIPALMENTE PELO CRESCIMENTO ECONÔMICO POSITIVO, MAIORES INVESTIMENTOS E DIMINUIÇÃO DE BARREIRAS COMERCIAIS. Leve-se em conta que a desvalorização cambial, na ordem de 60% nos últimos cinco anos, prejudicou as nossas IMPORTAÇÕES face ao considerável aumento de custo decorrente da desvalorização do real frente ao dólar.


CAMINHO LIVRE PARA O PASSADO

O FATO, ainda que fortemente sonegado pela mídia, é que o PESO DA ECONOMIA GLOBAL, até o final de 2022, sob o comando de Paulo Guedes, se tornou relevante para o nosso país. Contudo, a partir deste fatídico 2023, sob o comando do incompetente Fernando Haddad, a ECONOMIA BRASILEIRA já tem CAMINHO LIVRE PARA VOLTAR AO PASSADO INGLÓRIO. 


ESPAÇO PENSAR +

Leia no ESPAÇO PENSAR: BNDES: OS AVANÇOS DOS ÚLTIMOS ANOS E OS RETROCESSOS QUE LULA PRECISA EVITAR, por Paulo Uebel. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar



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16 jan 2023

HOJE, MELHOR QUE AMANHÃ


FRASE DO PENSADOR HENRIQUE DE AGUIAR

A consagrada frase do pensador Henrique de Aguiar, que diz - HOJE, MELHOR QUE ONTEM; AMANHÃ, MELHOR DO QUE HOJE. CRESCA NO SEU RITMO, FLORESÇA NO SEU TEMPO -, para infelicidade geral do universo de brasileiros -PENSANTES-, simplesmente já deixou para trás qualquer possibilidade de ser usada e/ou aplicada no dia a dia do nosso imenso Brasil. Nem mesmo pelos mais otimistas!


INVERSÃO DA FRASE

Sem o menor receio, não há como não admitir que até para os esperançosos mais fervorosos, do tipo que sempre acreditam que não há mais espaço nem atitudes que possam piorar a situação do nosso Brasil, a realidade -nua e crua- aponta para uma inversão do que diz a frase de Henrique de Aguiar. Tomando por base apenas o que aconteceu nesta primeira quinzena de governo PETISTA-COMUNISTA-, o ambiente brasileiro já assegura que -ONTEM FOI MELHOR QUE HOJE e, por pura consequência lógica, AMANHàSERÁ PIOR QUE HOJE-.


TEORIA DAS VIDRAÇAS QUEBRADAS

Pessoas minimamente dotadas do raciocínio sabem o quanto é cabível, e muito pertinente neste momento triste e/ou grave do nosso imenso Brasil, a velha -TEORIA DAS VIDRAÇAS QUEBRADAS-. Para quem não sabe, a Broken Windows Theory foi apresentada como resultado de estudos do cientista político James Q. Wilson e o do psicólogo criminologista George Kelling, ambos norte-americanos, que estabeleceu uma relação de CAUSALIDADE ENTRE DESORDEM E CRIMINALIDADE. 

A teoria consiste na ideia de que se uma janela de uma fábrica fosse quebrada e não fosse de imediato realizado seu conserto, as pessoas que passassem pelo local presumiriam que ninguém se importava com aquilo e que, naquela região, não havia autoridade responsável por punir os responsáveis pela atitude danosa.


MAIS DETERMINADA

Pois, depois de quatro anos marcados pela extraordinária substituição de vidraças, de todos os tamanhos, que foram quebradas (e/ou roubadas) durante os tenebrosos governos petistas (2003 a 2016), o governo -criminoso- recentemente empossado não deu trégua e partiu, imediatamente para a uma NOVA E MAIS DETERMINADA QUEBRA DE VIDRAÇAS. Como o desejo de QUEBRAR A VIDRAÇA BRASIL se mostra incontido, a teoria já se confirma de forma inquestionável.


EXPERIÊNCIAS

A título de esclarecimento, os americanos Kelling e Wilson, nas suas experiências utilizaram dois carros. Um foi abandonado num bairro de extrema pobreza; outro em local residencial luxuoso, em Nova Iorque. No dia seguinte o carro da periferia estava completamente destruído, depenado. Já o carro do bairro nobre continuava intacto. Para confirmar a teoria deixaram o veículo por mais alguns dias abandonado na área nobre, sem que nada acontecesse, até que, começaram a acreditar que a pobreza tinha relação causal direta com a criminalidade. No Brasil, tudo indica que em pouco tempo praticamente todas as VIDRAÇAS ESTARÃO QUEBRADAS. Pode?


ESPAÇO PENSAR +

Leia no ESPAÇO PENSAR+ de hoje: O BRASIL NÃO SERÁ UM PAÍS DE DIREITA, por Felipe Fiamenghi. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar



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13 jan 2023

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - LEITURA OBRIGATÓRIA


EXCEÇÃO

Antes de tudo -OBRIGAÇÃO- é uma palavra que nunca soou bem nos meus ouvidos -LIBERAIS-. Ainda assim, admitindo que toda a regra tem exceção, para o bem de todos os brasileiros que são dotados de um mínimo de discernimento e alguma capacidade de interpretar textos, proponho que a CONSTITUIÇÃO seja considerada como LEITURA OBRIGATÓRIA no nosso país.   


DIREITOS EM EXCESSO E DEVERES ESCASSOS

Entretanto, para evitar que o sentimento de frustração seja dominante durante a leitura, aí vai um -spoiler-: a nossa Constituição contém incríveis imperfeições que são percebidas por conta de -EXCESSO DE DIREITOS- e -ESCASSEZ DE DEVERES-. Mais: o -livro- por ser extremamente volumoso (calhamaço) e cheio de ambiguidades, por mais que considere uma como OBRIGATÓRIA, antecipo que, decididamente, não é uma leitura agradável.

 

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PEÇA DE FICÇÃO

Ainda assim, enquanto não sofrer as modificações necessárias para, no mínimo, procurar equilibrar DIREITOS E DEVERES, o fato é que, assim de repente, de uns tempos para cá a CARTA MAGNA simplesmente deixou de ser um -PACTO SOCIAL CONSTITUTIVO- ou um -INSTRUMENTO QUE ORGANIZA E SISTEMATIZA UM CONJUNTO DE PRECEITOS, NORMAS E PRIORIDADES ACORDADAS PELA SOCIEDADE- para se tornar uma lamentável e mordaz PEÇA DE FICÇÃO.


EXIGÊNCIA

Por certo, depois das tétricas informações acima descritas, vejo como natural que muitos brasileiros queiram DERRUBAR a tal da OBRIGATORIEDADE por mim sugerida. Para estes vale lembrar que gostando ou não, lendo ou não o que diz a nossa Carta, ela não vai deixar de existir e como tal EXIGE QUE SEJA CUMPRIDA. Mas, a bem da mais pura verdade, só pode exigir, e se possível mudar, o que está escrito na Carta, depois de lida e bem interpretada. 


ARTIGO 5º - UM DOS MAIS IMPORTANTES

Ah, só para lembrar, um dos artigos mais importantes da Constituição Federal é o ARTIGO 5º. Nele estão listados os DIREITOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA POPULAÇÃO BRASILEIRA - DIREITO À VIDA, IGUALDADE, LIBERDADE, PROPRIEDADE E À SEGURANÇA, PARA QUE TODOS POSSAM VIVER DA MELHOR FORMA POSSÍVEL. Como se percebe, de forma inquestionável, tais DEVERES são os mais desrespeitados. Juntamente pela instituição que foi criada para GUARDAR o que manda a Constituição. Pode? 



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12 jan 2023

A ELOQUENTE SINCERIDADE PETISTA


DITADURA SEMPRE

Dias atrás, mais precisamente na segunda-feira, 09, o deputado federal petista, Alencar Santana, ao discursar no plenário da Câmara durante a votação simbólica da intervenção militar no DF, altamente comprometido com a ideologia do seu partido, abriu o seu coração e de forma muito convicta e sincera pediu, escancaradamente, -DITADURA SEMPRE ! -. 


GAFE?

Os -jornalistas- que faziam a cobertura dos trabalhos da Câmara, que mais do que sabido comungam, integralmente, do ideário COMUNISTA, saíram em socorro do deputado petista, sem consultar o adorador de DITADURAS, dizendo que Alencar Santana foi vítima de cometimento de uma GAFE. Pode?  


SINCEROS E COERENTES

Ora, de tantas possibilidades sobre o tal pedido de DITADURA SEMPRE, a única que não cabe, de forma alguma, é a possibilidade de ter havido uma GAFE. Até porque, gostando ou não das ideias petistas uma coisa é mais do que clara: eles são sempre muito SINCEROS E COERENTES. Mais: podem, eventualmente se omitir por questões estratégicas, mas jamais traem suas convicções.


SEMPRE

Se algum leitor, por qualquer razão não entendeu corretamente o real significado da expressão utilizada pelo petista no seu claro pedido -DITADURA SEMPRE-, aí vai um esclarecimento fundamental que fui buscar nos dicionários: -SEMPRE- quer dizer -NA TOTALIDADE DO TEMPO, ETERNAMENTE, PERPETUAMENTE, A CADA INSTANTE, SEM EXCEÇÃO, CONSTANTEMENTE, CONTINUAMENTE...  


QUEM APOIA A DITADURA

A propósito de -DITADURA- sugiro a leitura do texto de J.R. Guzzo -QUEM APOIA A DITADURA-
"Ditaduras, uma vez que são impostas a algum país, não costumam ser biodegradáveis, nem passíveis de reciclagem. Não se tornam mais suaves, racionais ou justas com o passar do tempo, nem se transformam em outro material. Nunca recuam, nem cedem um milímetro do poder que tomaram, nem ficam mais inofensivas."
Jamais abrem mão da sua violência — ao contrário, a repressão, as punições e a eliminação dos direitos individuais e das liberdades públicas só se tornam piores. É inútil ser tolerante, ou compreensivo, ou “pragmático” com elas, na esperança de satisfazer os ditadores; eles não se satisfazem nunca. São ditaduras, unicamente isso, e a cada dia de vida que ganham ficam com mais cara, corpo e alma de ditadura. É o caso do Brasil de hoje, obviamente."
Deixaram, cerca de quatro anos atrás, que o Supremo Tribunal Federal começasse a violar abertamente a Constituição e o restante da legislação em vigor no Brasil, num projeto para entregar o controle do país aos ministros e às forças que os apoiam. Hoje a ditadura está operando com todas as turbinas ligadas, e raramente passa um período de 24 horas sem que seus operadores deixem de aprofundar o estado de exceção que criaram. É um golpe de estado em câmara lenta, sem tanques na rua e com golpistas que usam toga de juiz em vez de farda de general — mas é golpe do mesmo jeito. O fato é que a ditadura ganhou, e amanhã vai estar mais destrutiva do que é hoje.
A última prova material, objetiva e indiscutível de que o Brasil vive numa ditadura do Poder Judiciário é a cassação, por parte do ministro Alexandre de Moraes, do direito de palavra da deputada federal Bia Kicis nas redes sociais; também foi punido o seu colega Júnio Amaral, e ambos se juntam à deputada Carla Zambelli, que está silenciada desde o dia 1º de novembro. É, como tantas outras, uma decisão absolutamente ilegal. 
A Constituição diz, em português claríssimo e compreensível até para um analfabeto, que os parlamentares brasileiros têm o direito de levar ao público quaisquer opiniões — e esse quaisquer quer dizer todas, sem exceção de nenhuma, para que jamais haja nenhuma dúvida a respeito, nem justificativas para a violação do que foi escrito. Não se trata de um acaso.
Essa palavra foi colocada de propósito no texto da Constituição, justamente para impedir que alguém pudesse fazer o que o ministro Moraes está fazendo: alegar algum motivo de “interesse superior” para confiscar de um deputado federal brasileiro o direito de exercer plenamente o mandato que lhe foi conferido pelos eleitores — mais de 200.000 cidadãos de Brasília, no caso específico de Bia Kicis. Não interessa o que a deputada disse, e menos ainda se o que disse está certo ou errado. A única coisa que deveria valer é a regra escrita na Constituição: ela não pode ser impedida de falar o que quiser. Essa regra não vale mais nada no Brasil de hoje.
Já não existe há bom tempo, por parte de Alexandre de Moraes e de qualquer dos seus colegas, nem mesmo alguma tentativa remota de disfarçar a ilegalidade dos atos que praticam. Disfarce para quê? Uma ditadura, depois que se estabelece, não precisa disfarçar mais nada; faz, no caso brasileiro, uma encenação de que age em defesa da “democracia”, mas na prática toma as decisões que quer e não dá satisfação a ninguém. No episódio com Bia Kicis, não foi dado nem mesmo um motivo para a punição — a deputada foi expulsa das redes, e ponto final. No caso de Carla Zambelli, o ministro decidiu que ela tinha “o nítido propósito” de romper “com o Estado Democrático de Direito”. Que disparate é esse? Como uma autoridade pode determinar qual é o “propósito” de alguém ao dizer isso ou aquilo? Que lei o autoriza a fazer esse tipo de adivinhação — que ainda por cima, como no caso de Bia Kicis, anula um mandamento constitucional?
Moraes fala, também, numa “Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação”. Que diabo vem a ser isso? O órgão, com um desses nomes que encantam ditadores de Cuba à Coreia do Norte, não tem existência legal; foi inventado por Moraes e não poderia, assim, ser acionado para nada. Mas é usado como mais uma polícia do STF, para caçar mensagens “suspeitas” nas redes e aplicar multas de R$ 150.000 por hora. Naturalmente, como Moraes vem fazendo desde que a ditadura começou a ser implantada no Brasil, nenhuma das punições obedeceu a processo legal — uma aberração que só existe em países onde o sistema judicial funciona no estilo do falecido ditador Idi Amin, ou de alguma outra republiqueta africana controlada por gângsters. Assassinos, traficantes de droga e estupradores têm direito a todas as regras estabelecidas em lei quando são acusados de algum crime; os deputados perseguidos pelo STF não têm. São punidos por decisão pessoal de Moraes, sem processo nenhum, sem advogados, sem direito sequer de ser informados do que fizeram. Se isso não é uma ditadura, então o que é?
A discussão a esse respeito, em todo o caso, já ficou para trás — o que importa é a realidade que existe hoje, e essa realidade mostra que a ditadura do judiciário não apenas está aí, mas conta com imensos apoios nas forças que têm influência prática no Brasil. Não poderia ter aparecido, na verdade, se não tivesse tido esse apoio desde os seus primeiros passos; não faz sentido acreditar que seja uma iniciativa individual, isolada e exclusiva de Moraes e do STF. O regime de exceção que manda hoje no Brasil só existe, objetivamente, porque há muita gente querendo que ele exista. A principal fonte de sua força na vida real, até agora, vem da aprovação silenciosa que recebe das Forças Armadas — a única instituição que tem meios materiais efetivos para deter a ação dos ministros. Os comandantes militares não fizeram, e nem era preciso que fizessem, um manifesto a favor do golpe em fatias que levou o país à situação em que se encontra neste momento.
Obviamente, não assinaram um documento dizendo: “Nós, comandantes das três armas, fechamos um acordo com os ministros do STF para impor ao Brasil uma ditadura do Poder Judiciário”. Para que isso? Bastou que ficassem olhando sem fazer nada enquanto o regime de leis e a Constituição eram destruídos dia após dia pelas decisões do STF. A realidade, comprovada pelos fatos e acima de qualquer dúvida permitida pela lógica comum, é que Alexandre de Moraes e seus colegas não tiveram, em nenhum momento, a menor objeção dos militares para tomar qualquer medida que tomaram.
Os ministros do STF agiram, desde a sua primeira agressão ao sistema legal — a proibição para o presidente da República nomear o diretor de sua escolha para a Polícia Federal —, com a certeza de que ninguém iria se opor a nada do que fizessem. De lá para cá não pararam mais. Eliminaram a lei, aprovada legitimamente pelo Congresso Nacional, que estabelecia o cumprimento de pena de prisão para os réus criminais condenados em segunda instância — o que, simplesmente, tirou o ex-presidente Lula da cadeia. Anularam as ações penais existentes contra ele, incluindo sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro — o que o livrou da ficha suja e permitiu a sua candidatura à Presidência nas últimas eleições.
Acabaram com praticamente todas as condenações da Operação Lava Jato — o único momento, em todos os 500 anos de história do Brasil, em que a justiça mandou para a cadeia condenados por corrupção de primeira grandeza. Montaram, em seguida, a eleição mais viciada que o país já teve — num dos seus melhores momentos, proibiram o presidente de exibir em sua campanha eleitoral as manifestações públicas e legais do último Sete de Setembro. Em outra ocasião extrema, o ministro Luís Roberto Barroso, o jurista do “Perdeu, mané”, disse que “eleição não se ganha, se toma”; acharam que estava sendo um homem espirituoso.
Os membros da corte suprema punem cidadãos, e parlamentares, por crimes que não existem no Código Penal e em nenhuma lei brasileira. Bloquearam, sem qualquer vestígio de procedimento legal, contas bancárias de empresários que não cometeram delito algum. Proibiram as pessoas de se manifestarem nas redes sociais. “Desmonetizaram” quem entrou em sua lista negra. Censuraram a imprensa. Acabaram com o direito ao sigilo. Não permitem até hoje que os advogados tenham acesso aos autos nos processos de que seus clientes são vítimas. Cassaram o direito de palavra das deputadas. Acabam de prender um empresário por exercer o direito de convocar uma manifestação pública — no caso, de caçadores e de colecionadores de armas, atividades perfeitamente legítimas neste país. Em nenhum momento, nem no passado e nem agora, as Forças Armadas disseram uma sílaba a respeito de qualquer dessas violações da lei.
Em nenhum momento, nem no passado e nem agora, as Forças Armadas disseram uma sílaba a respeito de qualquer dessas violações da lei. Exército, Marinha e Aeronáutica se comportam hoje, para todos os efeitos práticos, como uma repartição pública sem maior significado. Estão basicamente preocupados com os seus soldos, aposentadorias, benefícios — incluindo os R$ 500 milhões pagos por ano a familiares, a título de pensão. Não ajudam em nada, com os seus tanques de guerra, mísseis de longo alcance ou caças a jato, a segurança do cidadão brasileiro — cada vez mais destruída pelo crime e pelos criminosos. Não defendem o território nacional de nenhuma invasão estrangeira, pois até uma criança com 10 anos de idade sabe perfeitamente bem que nenhum país vai invadir o Brasil. Não conseguem, nem mesmo, a autorização para comprar um lote de 100 novos tanques — o PT não deixa. Também não estão exercendo, com atos concretos, a sua obrigação legal de fazer cumprir a Constituição — ou então acham que nenhum dos fatos expostos acima pode ser descrito como violação constitucional, da ordem e do Estado de Direito. Não têm lideranças. Não parecem interessados em assumir responsabilidades maiores ou diferentes das que já têm; talvez nem consigam fazer isso no mundo de hoje, mesmo que quisessem. A verdade, de qualquer forma, é que os militares não manifestaram nenhuma oposição às ações do STF — e os ministros vêm se sentindo livres, há quatro anos, para fazer tudo o que têm feito.
O outro grande braço que dá força ao STF, e que tem sido essencial para sustentar a sua ditadura, é a classe política brasileira — não toda, é claro, mas a maioria necessária para manter o Congresso Nacional numa postura de submissão absoluta ao Supremo. Um Congresso que se coloca de quatro diante deles — o que mais os ministros poderiam querer? A maior parte dos senadores e deputados apoia histericamente o STF; pedem a punição de colegas com mandato, canonizaram o ministro Moraes como o “salvador” da democracia no Brasil e querem, pela proposta de um dos mais notórios chefes da facção do Senado que reúne refugiados do Código Penal, dar mais poderes ao tribunal e legalizar suas agressões à Constituição. Os dois presidentes são o pior de tudo.
O do Senado é um militante aberto do golpe — recusa-se, sem nenhum apoio legal, a permitir que os senadores discutam a conduta do Supremo, e com isso tira de funcionamento o único mecanismo constitucional que poderia controlar a sua conduta. O presidente da Câmara entrará na história pela realização de algo provavelmente jamais ocorrido em qualquer parlamento do mundo — aceitou sem dar um pio a prisão por nove meses de um deputado federal em pleno exercício do seu mandato. O deputado não tinha cometido nenhum crime inafiançável e nem foi preso em flagrante, as únicas hipóteses que permitem a prisão de um parlamentar — o que Alexandre de Moraes e o STF fizeram com ele foi possivelmente a sua ilegalidade mais indiscutível e escandalosa. E daí? A maioria do Congresso ficou a favor da punição ao colega; é a favor de qualquer coisa que o STF decide. Se o ministro Moraes, um dia desses, mandar fuzilar o deputado, ou qualquer outra pessoa, a ordem vai ser cumprida.
Ele não terá a menor dificuldade de achar na Polícia Federal, ou no Exército, ou em alguma das 27 PMs, o pelotão de fuzilamento; o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado, mais os componentes da mesa, iriam comparecer à execução e bater palmas no final. É uma sorte para todos, realmente, que o ministro Moraes não esteja querendo fuzilar ninguém, ao menos tanto quanto se saiba, porque não precisa fazer isso. A ditadura do judiciário já ganhou. Tem todo o apoio necessário para ficar de pé e para continuar prosperando.


ESPAÇO PENSAR +

Leia no ESPAÇO PENSAR+ de hoje: VIDA BOA, por Alex Pipkin. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar



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11 jan 2023

MOEDA ÚNICA DO MERCOSUL


ESPERANÇA ARGENTINA

No dia seguinte à posse de Lula, os jornais argentinos repercutiram, como uma grande -esperança- para seu país, o fortalecimento das relações com o Brasil, com ênfase, principalmente, na retomada do Mercosul e, por conseguinte, na renovada esperança da criação de uma MOEDA COMUM para o bloco. 


EURO

O assunto, obviamente, mereceu grande atenção de parte dos jornalistas de ambos os países, onde todos mostraram o mais corriqueiro desconhecimento sobre temas que envolvem a ECONOMIA e as CONTAS PÚBLICAS. Mais: nenhum foi capaz de ler e/ou compreender, por exemplo, o que está escrito no Tratado de Maastricht, assinado em 1992, que abriu caminho para a introdução do EURO, a MOEDA COMUM EUROPEIA.


DISCIPLINA ORÇAMENTÁRIA

Pois, a título de esclarecimento necessário, antes de tudo, todos os países europeus que assinaram o Tratado de Maastricht se obrigariam a uma forte DISCIPLINA ORÇAMENTÁRIA, que por sua vez garantiria a ESTABILIDADE DA MOEDA EUROPEIA. Com isso, o DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO de qualquer país que viesse a integrar a ZONA DO EURO não poderia exceder 3% do PIB, assim como a sua DÍVIDA PÚBLICA não poderia superar 60% do PIB.


ARGENTINA

Ora, por tudo que se sabe a Argentina está muito longe de conseguir cumprir qualquer coisa que diga respeito à uma mínima DISCIPLINA ORÇAMENTÁRIA. Mais: com inflação que já está na ordem de 100% ao ano, o que mais existe, de forma escancarada, é um ENORME DÉFICIT que implica em aumento de endividamento público. Ou seja, a Argentina detém tudo aquilo que impossibilita o ingresso num eventual grupo de países interessados em criar uma MOEDA COMUM.


TRATADO ENTRE BRASIL E ARGENTINA

A rigor, considerando as propostas que estão sendo apresentadas pelo desastroso governo petista, o Brasil demonstra que dentro em breve vai fazer companhia ao país vizinho em termos de INFLAÇÃO, DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO e, por consequência, no quesito ENDIVIDAMENTO PÚBLICO. Assim, caso prospere a ideia de criação de uma MOEDA COMUM DO MERCOSUL, o Tratado só será assinado por PAÍSES QUEBRADOS, que só serão aceitos se apresentaram INFLAÇÃO ACIMA DE 100% E COMPROVAÇÃO DE CALOTE DA DÍVIDA. 


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: OS INGÊNUOS E OS MAL-INTENCIONADOS, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar



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