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02 jun 2025

TEXTO ALTAMENTE PROVOCATIVO


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-NO BRASIL, ATÉ A DIREITA É DE ESQUERDA-.

Para todos aqueles que se declaram avessos aos políticos e/ou governantes de ESQUERDA (pouco importa que sejam ou não radicais), sugiro que leiam com redobrada atenção o seguinte texto, produzido pelo mestre em administração Stephen Kanitz, com o título -NO BRASIL, ATÉ A DIREITA É DE ESQUERDA-. Pela forma clara e direta com que Kanitz aborda o tema, arrisco a dizer que até os ANALFABETOS FUNCIONAIS não terão a menor dificuldade para INTERPRETAR, do início ao fim, o ótimo conteúdo.  Eis: 


MÁQUINA DE PODER ESTATIZANTE

- Aqueles que acham que a Direita irá vencer o sistema e as eleições em 2026, tomem um calmante e leiam. No Brasil, os rótulos políticos são uma farsa. Aquilo que se vende como “direita” nada mais é do que uma máquina de poder estatizante, travestida de moralismo conservador, retórica liberal e verniz católico. Basta um arranhão na superfície e se revela o que ela realmente é: uma esquerda disfarçada, dependente do Estado, populista, patrimonialista e antimeritocrática. Lula, o sindicalista de origem, só chegou à Presidência graças a um empresário que se fantasiou de vice-presidente: José Alencar. O mercado aplaudiu. Alencar queria salvar sua empresa, nem isso conseguiu. Seu filho virou Presidente da FIESP. Direita? Quando Lula voltou em 2022, fez isso ao lado de Geraldo Alckmin, um político da velha guarda paulista, simpatizante do Opus Dei, injustamente considerada Extrema Direita. 


A ESQUERDA GOVERNA COM O AVAL DA DIREITA

Ou seja, Lula é o único líder de “esquerda” do mundo eleito com dois vices “liberais”. Porque, no Brasil, a esquerda governa com o aval da “direita”. As grandes famílias empresariais brasileiras que posam com medalhas de “empreendedorismo” , não são capitalistas. São compadres do Estado. Vivem de empréstimos subsidiados do BNDES, renúncias fiscais, tarifas protecionistas e contratos públicos. Bancam think tanks de Esquerda, patrocinam pautas ESG, e falam em “inclusão” para agradar, porque sabem que o dinheiro virá do contribuinte, não do mérito. Um empresariado de Direita pediria menos Estado, menos impostos, mais competição, fim da apropriação de nossas contribuições previdenciárias. No Brasil, eles pedem mais favores, mais proteção, mais intervenção. Isso não é capitalismo. É socialismo para os ricos. 


NOVA DIREITA

Tarcísio de Freitas, hoje apresentado como o “nome técnico da nova direita”, fez carreira como ministro indicado por Dilma Rousseff. A mesma Dilma cujo governo afundou o Brasil em recessão, aparelhou o Estado e sabotou o mercado. Que tipo de “conservador” aceita convite para servir no núcleo duro do petismo? Não há dúvida que Tarcísio seria muito melhor que Lula, mas com um Estado literalmente quebrado, obras não é prioridade. Metade da classe média brasileira, a mesma que diz odiar o PT, vive do Estado. São funcionários públicos com estabilidade, aposentadorias especiais e salários acima da média. Essa base “conservadora” luta contra qualquer reforma: da previdência, da educação, da administração pública. São contra o mérito, contra a eficiência, contra a concorrência. No fundo, são a espinha dorsal da esquerda. Um Estado grande não existe sem uma classe média que o defenda com unhas, dentes e greves. 


TUDO SE RESOLVE COM MAIS ESTADO...

A melhor evidência é a idolatria da Direita com Fernando Henrique Cardoso, o ícone do “centro-direita” acadêmico brasileiro, que sempre se declarou social-democrata, sua esposa se declarava comunista. Seu governo expandiu programas sociais, criou agências reguladoras inchadas e consolidou a ideia de que tudo se resolve com mais Estado. Sua lealdade sempre foi internacionalista, sua ideologia sempre foi estatizante. Um socialista cosmopolita que vestiu o figurino da estabilidade monetária para enganar liberais desavisados. A Direita simplesmente não existe. Enquanto a esquerda possui um brilhante estrategista que é José Dirceu, que por 30 anos prepara o desfecho em 2026, a Direita não tem um estrategista, uma think tank, um porta-voz, todos envergonhados. Acho que José Dirceu teme demais um surgimento de uma Direita no Brasil ou no mundo. Passamos o ponto de não retorno. Ele é a pessoa para se escutar. A direita brasileira defende privatizações enquanto aumenta os gastos públicos. Exalta a meritocracia enquanto protege estabilidade no serviço público. O Brasil não tem uma Direita e uma Esquerda. Tem duas esquerdas: uma escancarada e revolucionária, outra engravatada, institucional e dissimulada. Se você não pretende mudar e ficar no Brasil, pelo menos acorde.