Artigos

29 mai 2025

DESDOBRAMENTOS DO IOF CRIMINOSO


Compartilhe!           

TRAIÇÃO

Se ainda pairava alguma dúvida de que o -GRANDE COMPROMISSO- do GOVERNO LULA PETISTA É E SEMPRE FOI A DESTRUIÇÃO TOTAL DA ECONOMIA DO NOSSO CADA DIA MAIS EMPOBRECIDO BRASIL, a decisão tomada -POR DECRETO-, de aumentar o IOF, de forma mais do que CRIMINOSA, está sendo vista, notadamente pela turma da FARIA LIMA, como um decisivo BASTA. Ou seja, a estúpida tributação soou como uma flagrante TRAIÇÃO àqueles que -abertamente- fizeram o -L-. 


FIM DA LINHA?

Mais: se levarmos em boa conta a reação explícita dos presidentes das duas Casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal), onde ambos dão a impressão (a conferir) de que em termos de -AUMENTO DE TRIBUTAÇÃO- o GOVERNO LULA teria chegado ao FIM DA LINHA, isto, aqui entre nós e o mundo, já é muita coisa. Vamos ver se os discursos não passam de mais um devaneio ...


O ÚLTIMO TREM DO SERTÃO

A propósito, separei algumas colocações feitas pelo economista Felipe Miranda, professor e CIO e estrategista-chefe da Empiricus, no seu oportuníssimo texto - O ÚLTIMO TREM DO SERTÃO-: 

Ao observar a valorização de nossas carteiras no último pregão, me lembrei do episódio de Romeu Zema no podcast Market Makers. Em resposta à confiança do governador de Minas Gerais na eleição de um candidato de direita para Presidente em 2026, o apresentador Thiago Salomão apresenta uma réplica, algo como: olha, mas será que o governo não poderia abrir a caixa de ferramentas e tentar uma série de medidas populistas para se reeleger? Zema rebate com uma argumentação na seguinte linha: pode. Mas também pode aparecer uma série de novos escândalos ou novas crises, o que afetaria ainda mais sua popularidade.


IMPOSTO REGULATÓRIO

Desde então, tomamos ciência da falcatrua no INSS e convivemos com a trapizonga do IOF – negligencio a trapalhada do Janjismo com Xi Jinping pois essa já não faz mais preço, dada a frequência de pérolas da mais recente agraciada com a classe grã-cruz da Ordem do Mérito Cultural; tenho convicção de que, algum dia, descobriremos o que ela fez para merecer a tal medalha.
Usamos um IMPOSTO REGULATÓRIO (extrafiscal, não arrecadatório; por isso, passível de implementação por -DECRETO-) para cobrir um ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS. Desafiamos as melhores práticas internacionais e nos afastamos do compromisso firmado com a OCDE de caminhar rumo à extinção do IOF, um imposto que aumenta o custo do crédito e das operações cambiais, reduzindo a já castigada produtividade brasileira (lembra da CPMF?). Flertamos com controle da conta de capitais, para rapidamente voltar atrás na medida – ainda bem que retrocedemos, mas o recuo não retira a impressão de despreparo e amadorismo, tampouco deixa de sinalizar a direção do pensamento dos atuais formuladores de política econômica. Impusemos um imposto alto sobre aplicações grandes em VGBL, em novo empecilho à poupança de longo prazo. 


O GOVERNO LÊ MAL A SITUAÇÃO

Tudo isso apagou os efeitos positivos do freio na despesa de R$ 31 bilhões, acima do projetado pelo mercado (de R$ 10 bilhões), e da maior credibilidade da nova peça orçamentária, pois a anterior inchava receitas e comprimia despesas exageradamente. Gustavo Franco resumiu de forma simples e direta em sua coluna no Estadão: “o pacto desta semana foi bem ruinzinho”. Veja: não é um problema de comunicação apenas. O governo lê mal a situação. Erra no diagnóstico e, portanto, prescreve uma receita desalinhada à necessidade do paciente. A sociedade não tolera mais aumento de impostos. O próprio ministro se comprometera a não elevar a carga tributária. Além disso, a economia cresce acima do potencial. Em vez de fechar um pouco a torneira dos gastos fiscais, o governo anuncia novos subsídios (vale gás, nova tarifa de energia, ampliação do Minha Casa, Minha Vida, etc). Segue estimulando a demanda agregada, para uma oferta que cresce mais devagar. As consequências são óbvias: se a demanda aumenta e a oferta está parada, teremos mais inflação e mais importação (ampliação do déficit em conta corrente). Como aumentar a popularidade do presidente assim?


O TREM DAS SETE HORAS...

Outro erro de avaliação do governo: não identificar a amplitude dos impactos do novo IOF. Não se trata de pegar a Faria Lima ou o grande empresário. Permita-me a rápida anedota: no sábado, levei meus filhos ao teatro, naquela tentativa do pai platônico de introduzir os filhos aos clássicos. Fomos ver “O Mágico de Oz”. Parada obrigatória para guloseimas antes. O pipoqueiro não perdoou: “Ow, chefe, me ajuda e compra mais alguma coisa além da pipoca. Com esse novo IOF, vai ficar mais puxado pra mim.” Agora, pipoqueiro tem maquininha da Stone (NASDAQ:STNE) e antecipa recebíveis apertando dois botões. A classe média ou média-baixa não sonha mais em ser funcionária da Caixa, mas em EMPREENDER num pequeno negócio.
O TREM DAS SETE HORAS, o ÚLTIMO DO SERTÃO, de Raul Seixas, aquele em referência à morte, parece chegar para esse governo....